Tempo.

 

Que estranho é pensar no tempo.

Como ele parece passar devagar e rápido ao mesmo tempo. Que estranho sentimento se dar conta de que já passou tanto tempo quando parece que não se passou nenhum dia. Que angustiante quando parece que não passou tempo algum.

Um dia, 24 horas, pode parecer pouco para uns, pode parecer uma eternidade para outros. Quanto cabe em um segundo do tempo, quão pouco cabe em centenas de anos. Porque a medida do tempo nem sempre se adequa a nossa percepção dele. Como percebemos o tempo e sua passagem depende do que vivemos, como vivemos. 

A certeza que temos é que, não importa quanto tentemos evitar, o tempo passa, escorre pelos nossos dedos como areia que desce a ampulheta, continua, segundo a segundo, passando até se esgotar. Mas nossas percepções mudam, como experimentamos e usamos o tempo também. E por isso ficamos maravilhados, chocados e estarrecidos quando nos damos conta de que há situações que parecem parar o tempo, e de que há situações que parecem fazer o tempo correr cada vez mais rápido.

Mas o pior de tudo, definitivamente, é a indiferença, aquela que faz com que a gente não veja o tempo passar até ser tarde demais e o tempo, já não ser mais tempo, porque ficou pra trás.


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